1. |
Um Velho Idiota
03:14
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“Um velho idiota”
Um velho idiota
Decidiu que era a cantar
Que dizia as coisas
De uma forma menos vulgar.
Mas no outro dia
Quis fazer de outra maneira
Mas como previsto
Tudo o que disse desfez-se em asneira.
Não vale a pena
Fingires o que não és
Dar voltas a tudo
Quando tudo volta outra vez.
Um velho idiota
Quis falar de amor
Mas não sabe o que sente
E tudo o que sente não tem valor.
Quer fazer de conta
Que as vezes finge sentir
Que o amor o abraça
Quando das mãos ele volta a partir.
Não vale a pena
Fingires o que não és
Dar voltas a tudo
Quando tudo volta outra vez.
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2. |
Abraça-me Sempre
04:09
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“Abraça-me sempre”
Só vou embora com a garrafa vazia
Que o nascer do dia ainda está pra chegar
Os barcos estão longe, não chegaram ao cais
Perdeu-se a maré no teu respirar.
O tempo fartou-se, deve estar esgotado
Cansado de tudo e também de mim
Foram só duas séries, e no telejornal
Despediu-se tudo quando chegou ao fim.
Abraça-me sempre que eu vou embora
Não devo ter data para regressar
Abraça-me sempre que está na hora
Eu não sei se vou voltar.
O dia nasceu e abri outra garrafa
A maré subiu e o barco chegou
Não tenho pressa mas sei que tenho de ir
O que me dói é não saber pra onde vou.
Os bancos vazios á espera de mim
Serenos submersos, no horizonte do mar
Pode a razão as vezes ter medo
Não ter a noção do que vai encontrar.
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3. |
Mais Vale Tarde
03:37
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“Mais vale tarde”
As portas estão fechadas, para não poderes entrar
Podia ser fácil se souberes como acertar
O vento foi embora e com ele os traços no chão
Não chegaste a tempo, não chegaste a tempo não.
Mais vale tarde, do que nunca mais chegar
O tempo é tão frágil para te encontrar.
Mais vale tarde, do que nunca mais chegar
Ainda vens a tempo, ainda vens a tempo
Pra me encontar.
Deixei escrito no chão a senha pra poderes entrar
Mas veio a tempestade e com ela foi tudo ar
Agora só te resta sentires o coração
Pois nele tu encontras, encontras a solução.
Mais vale tarde, do que nunca mais chegar
O tempo é tão frágil para te encontrar.
Mais vale tarde, do que nunca mais chegar
Ainda vens a tempo, ainda vens a tempo
Pra me encontar.
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4. |
Eles Não Se Vão Calar
04:01
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“Eles não se vão calar”
Sai de casa com os bolsos rasos
E uma côdea de pão
Parei sozinho no café da esquina
E pedi um galão.
À minha volta falam de tudo
Da vida e dos seus asseios
Aquela fartou-se, matou o marido
Diz a senhora dos correios.
E mesmo que eu não queira ouvir
_-Eles não se vão calar
Falam daquele, falam do outro
Falam daquela que se vai casar.
Passado horas, a festa não pára
Depois de uma cartada
O rei de copas comeu a rainha
Traiu o valete de espadas.
Há quem não tenha. mais que fazer
Do que falar, daquilo que ninguém viu
Deve fazer-lhes bem à carcaça
Á sua decência que sucumbiu
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5. |
Na Rua Onde Moras
03:03
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“Na rua onde moras”
A luz da manhã rasgou-me olhar
O céu cinzento finge não aparecer.
São dez e pouco, não quero acordar
Ao longe uma esquina dobra o amanhecer
Na rua onde moras fiquei a espera
Que a chuva e o frio chamassem por mim
Na rua onde moras não há primavera
O outono chegou e levou tudo de mim!
Na rua onde moras ninguém sabe o meu nome
Os passeios são longos, sedentos de fome
O dia acaba num gesto sem fim
De braços abertos chegas perto de mim.
Na rua onde moras fiquei a espera
Que a chuva e o frio chamassem por mim
Na rua onde moras não há primavera
O outono chegou e levou tudo de mim!
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6. |
Lua De Paris
03:30
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“Lua de Paris”
A lua quebrou-me, passou do telhado
Escondeu-se pra não responder
Se a canção mais simples terá resultado
Faz o coração bater.
Acho que as vezes não dás importância
Que eu deveria ter
A lua quebrou
Escondeu-se pra não responder.
O vento soprava, as folhas caiam
No seco chão de Paris
E minha alma acesa rejubilava
Não se sentindo feliz.
As luzes ferviam em todas as ruas
E tu fazes por te esconder
E eu olho para as estrelas, à sombra do céu
Será que vais hoje aparecer?
Acho que as vezes não dás importância
Que eu deveria ter
A lua quebrou
Escondeu-se pra não responder.
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7. |
Estás A Ver
03:06
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“Estás a ver!”
Estas a ver, como te ponho a arder
Antes que a chuva te apague
Antes que o céu desabe
E a cegonha parta
Antes que o amor se acabe.
Estas a ver como o sol se pôs
Quando a hora mudou
Quando a agua correu
E a candeia se apaga
E todo o céu se fechou.
Estas a ver como te ponho a arder
Antes que o sol se vá embora
Estas a ver como te ponho a arder
A uma determinada hora.
Estas a ver como ficou para trás
Tudo o que deixei escondido
Tudo aquilo que trouxe
E guardei para ti
Como tinha prometido.
Estas a ver, como o filme acabou
Todos vão ter que ir embora
Todos sabem que o mau
Vence o bom no princípio
Mas no fim é posto fora.
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