Um Velho Idiota

by Bruno Pato

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1.
“Um velho idiota” Um velho idiota Decidiu que era a cantar Que dizia as coisas De uma forma menos vulgar. Mas no outro dia Quis fazer de outra maneira Mas como previsto Tudo o que disse desfez-se em asneira. Não vale a pena Fingires o que não és Dar voltas a tudo Quando tudo volta outra vez. Um velho idiota Quis falar de amor Mas não sabe o que sente E tudo o que sente não tem valor. Quer fazer de conta Que as vezes finge sentir Que o amor o abraça Quando das mãos ele volta a partir. Não vale a pena Fingires o que não és Dar voltas a tudo Quando tudo volta outra vez.
2.
“Abraça-me sempre” Só vou embora com a garrafa vazia Que o nascer do dia ainda está pra chegar Os barcos estão longe, não chegaram ao cais Perdeu-se a maré no teu respirar. O tempo fartou-se, deve estar esgotado Cansado de tudo e também de mim Foram só duas séries, e no telejornal Despediu-se tudo quando chegou ao fim. Abraça-me sempre que eu vou embora Não devo ter data para regressar Abraça-me sempre que está na hora Eu não sei se vou voltar. O dia nasceu e abri outra garrafa A maré subiu e o barco chegou Não tenho pressa mas sei que tenho de ir O que me dói é não saber pra onde vou. Os bancos vazios á espera de mim Serenos submersos, no horizonte do mar Pode a razão as vezes ter medo Não ter a noção do que vai encontrar.
3.
“Mais vale tarde” As portas estão fechadas, para não poderes entrar Podia ser fácil se souberes como acertar O vento foi embora e com ele os traços no chão Não chegaste a tempo, não chegaste a tempo não. Mais vale tarde, do que nunca mais chegar O tempo é tão frágil para te encontrar. Mais vale tarde, do que nunca mais chegar Ainda vens a tempo, ainda vens a tempo Pra me encontar. Deixei escrito no chão a senha pra poderes entrar Mas veio a tempestade e com ela foi tudo ar Agora só te resta sentires o coração Pois nele tu encontras, encontras a solução. Mais vale tarde, do que nunca mais chegar O tempo é tão frágil para te encontrar. Mais vale tarde, do que nunca mais chegar Ainda vens a tempo, ainda vens a tempo Pra me encontar.
4.
“Eles não se vão calar” Sai de casa com os bolsos rasos E uma côdea de pão Parei sozinho no café da esquina E pedi um galão. À minha volta falam de tudo Da vida e dos seus asseios Aquela fartou-se, matou o marido Diz a senhora dos correios. E mesmo que eu não queira ouvir _-Eles não se vão calar Falam daquele, falam do outro Falam daquela que se vai casar. Passado horas, a festa não pára Depois de uma cartada O rei de copas comeu a rainha Traiu o valete de espadas. Há quem não tenha. mais que fazer Do que falar, daquilo que ninguém viu Deve fazer-lhes bem à carcaça Á sua decência que sucumbiu
5.
“Na rua onde moras” A luz da manhã rasgou-me olhar O céu cinzento finge não aparecer. São dez e pouco, não quero acordar Ao longe uma esquina dobra o amanhecer Na rua onde moras fiquei a espera Que a chuva e o frio chamassem por mim Na rua onde moras não há primavera O outono chegou e levou tudo de mim! Na rua onde moras ninguém sabe o meu nome Os passeios são longos, sedentos de fome O dia acaba num gesto sem fim De braços abertos chegas perto de mim. Na rua onde moras fiquei a espera Que a chuva e o frio chamassem por mim Na rua onde moras não há primavera O outono chegou e levou tudo de mim!
6.
Lua De Paris 03:30
“Lua de Paris” A lua quebrou-me, passou do telhado Escondeu-se pra não responder Se a canção mais simples terá resultado Faz o coração bater. Acho que as vezes não dás importância Que eu deveria ter A lua quebrou Escondeu-se pra não responder. O vento soprava, as folhas caiam No seco chão de Paris E minha alma acesa rejubilava Não se sentindo feliz. As luzes ferviam em todas as ruas E tu fazes por te esconder E eu olho para as estrelas, à sombra do céu Será que vais hoje aparecer? Acho que as vezes não dás importância Que eu deveria ter A lua quebrou Escondeu-se pra não responder.
7.
Estás A Ver 03:06
“Estás a ver!” Estas a ver, como te ponho a arder Antes que a chuva te apague Antes que o céu desabe E a cegonha parta Antes que o amor se acabe. Estas a ver como o sol se pôs Quando a hora mudou Quando a agua correu E a candeia se apaga E todo o céu se fechou. Estas a ver como te ponho a arder Antes que o sol se vá embora Estas a ver como te ponho a arder A uma determinada hora. Estas a ver como ficou para trás Tudo o que deixei escondido Tudo aquilo que trouxe E guardei para ti Como tinha prometido. Estas a ver, como o filme acabou Todos vão ter que ir embora Todos sabem que o mau Vence o bom no princípio Mas no fim é posto fora.

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released November 11, 2014

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Bruno Pato Aveiro, Portugal

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